"Amo-r-te".
Pensar o que será a morte do ponto de vista que nos é possível, isto é, de quem está vivo, conduz-nos, inevitavelmente, ao campo da pura ficção. Ora vejamos: é comum dizer-se que a vida e a morte são dois lados da mesma moeda, mas também não é menos verdade que todos gostaríamos de não morrer. Veja-se que fazemos tudo o que está ao alcance para adiar o som da gadanha, desde mezinhas a cirurgias para corrigir os traços da idade, vale tudo ... até arrancar os olhos se for caso de os tornar mais belos e novos!
O que aconteceria então se um dia se deixasse de morrer? Eis a ideia principal explorada por Saramago no seu último livro "Intermitências da Morte".
O que faz a sociedade e as suas instituições para resolver o problema do amontoar de velhos que se vão catapultando nos lares da terceira idade, nos hospitais, na casa dos familiares, etc. E o que fazem as seguradoras, as agências funerárias, as máfias, os políticos, a igreja e a segurança social para lidar com a ausência da morte.
Se querem saber a resposta leiam! Recomendo vivamente.
1 Comments:
At 10/1/06 23:52, jacinta said…
Não há dúvida de que quero ler. Cada vez gosto mais da escrita do Saramago.
Emprestas-me um dia destes?
Agora não porque ando a ler dois ao mesmo tempo e está difícil de chegar ao fim.
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