one of us
Às vezes sentimo-nos tão pequeninos como se o mundo nos fosse engolir.A sensação de impotência perante determinadas situações faz reviver em nós um medo ancestral- o da sobrevivência, o da luta com o mais forte e, sobretudo, com o desconhecido. Nada nos tolhe mais a razão que aquilo que não conseguimos compreender, o que nos ultrapassa, escondendo-se nas malhas do mistério, nas águas turvas de um qualquer lamaçal. Vivemos uma época em que o medo impera, em que a informação excessiva nos deixa "à nora". Por isso nos refugiamos em silêncios tão ruidosos!
Se pensarmos na densidade das florestas de betão, na agressividade com que nos absorvem, frias, escuras, aterradoramente anónimas, percebemos que quem nelas sobrevive só pode ser isso mesmo um sobrevivente. A sobrevivência cultiva em cada interior o medo do fracasso, da própria morte até. E quem não se defenderia contra tanta agressividade?
Se pensarmos na densidade das florestas de betão, na agressividade com que nos absorvem, frias, escuras, aterradoramente anónimas, percebemos que quem nelas sobrevive só pode ser isso mesmo um sobrevivente. A sobrevivência cultiva em cada interior o medo do fracasso, da própria morte até. E quem não se defenderia contra tanta agressividade?
Todos. Mesmo aqueles que parecem não o fazerem, constroem mundos tão subterrâneos que deixam de comunicar logo de existir. Será tudo isto viver?
Quem estuda arquitectura conhece bem a importância do que se constrói, para quem se constrói, onde se constrói e como se constrói.
Que andamos nós a construir?
Que andamos nós a construir?
1 Comments:
At 11/2/06 19:27, Fernando Jose Andrade said…
os nossos arquitectos, algures, deixaram de sonhar e renderam-se ao capitalismo selvagem.
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