Centenário do nascimento do Bispo do Porto - António Ferreira Gomes

O jornalista Hugo Monteiro, com declarações de D. Januário Torgal Ferreira

<Bispo do Porto, D. Januário Torgal Ferreira lembrou que D. António Ferreira Gomes não foi um Bispo opositor dos militares, pelo contrário, esteve ao seu lado e defendeu posições que mais nenhum Bispo ousou assumir.
D. Januário Torgal Ferreira sustenta que, numa época conturbada em vários pontos do mundo, a mensagem do antigo Bispo do Porto é mais actual do que nunca.
O Bispo das Forças Armadas refere, aliás, que esses temas deveriam fazer parte do dia-a-dia da Igreja, porque também eles se inserem na defesa da vida, e lembrou o caso de Timor-Leste.
"Ele dizia, por exemplo, que é fundamental, baseado na ética e no direito, na ética cristã, haver princípios de intervenção e que seria um pecado mortal a não intervenção. Se nós não fossemos para Timor-Leste, imanados da ONU, suportados no direito Internacional nós cometeríamos um pecado", sublinhou.
Neste segundo dia de Congresso, foi recordado outra ideia forte do antigo Bispo do Porto: a acção do Estado é essencial, mas tem de ser limitada.
Os participantes do debate consideram que o pensamento de D. António se mantém actual, porque uma acção do Estado sem limites coloca em causa a estabilidade das sociedades.>>

in Rádio Renascença